ANTIGUIDADE AFRICANA - UMA VASTA REDE DE COMÉRCIO E INFORMAÇÃO
Segundo modernas e abalizadas fontes, as antigas rotas de comércio africanas do Vale do Nilo incluíam um ramal que começava na costa do Egito, estendia-se para oeste através do Mediterrâneo e, para norte, ao longo do litoral oeste europeu até o mar Báltico. Consoante esses estudos, havia um ramal dessa rota ligando o Vale do Nilo à Europa ocidental, especialmente às Ilhas Britânicas e à Escandinávia.
Ainda segundo essas fontes, já durante a 6ª dinastia egípcia, africanos iam buscar âmbar no mar Báltico.
Depois do ano 1.000 a.C, duas rotas principais cortavam o Saara: uma ligando o atual Marrocos ao oeste africano, do Atlântico a aproximadamente o atual Mali; outra unindo a atual Tunísia e o oeste da Líbia à região do lago Chade - na fronteira do moderno país de mesmo nome com a atual República de Camarões. Nessa rota incluía-se o atual sítio arqueológico de Nok, centro de expansão das cidades iorubás, ligada a Cartago por uma antiga rota de comércio. Da região do Chade partiam também, desde tempos remotos, rotas que chegavam até o Vale do Nilo.
Referem também esses modernos escritos, uma ligação do Alto Nilo ao rio Níger, através do Darfur (atual Sudão). Segundo outros, entre 200 e 100 AC, tribos berberes organizaram um sistema de caravanas unindo a região do Chade ao Alto Nilo, bem como à região de Nok e à parte mais ocidental do continente.
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Estas são algumas das informações, baseadas em copiosa bibliografia ainda não publicada no Brasil, constantes do “Dicionário da Antiguidade Africana”, de Nei Lopes, com lançamento na próxima terça-feira, 31 de maio da Livraria Argumento, Leblon, a partir das 20 horas.
FONTE: Blog Meu Lote acesso 29.05.11
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