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JONGUEIRA TIA MARIA DO JONGO RECEBE MEDALHA DE TIRADENTES




Uma das mais conhecidas jongueiras do Morro da Serrinha, Maria de Lourdes Mendes, conhecida como Tia Maria, foi homenageada, na última terça-feira 26 de julho, com a Medalha Tiradentes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A comenda foi concedida pelo presidente da Comissão de Cultura da Casa, deputado Robson Leite (PT). A cerimônia foi realizada no Palácio Capanema, sede do Ministério da Cultura no Rio, durante audiência pública do colegiado. Para Leite, é preciso que essa manifestação cultural seja valorizada, como uma forma de resgatar as raízes da cultura popular.
"O jongo está ativamente presente na vida de inúmeras comunidades do Sudeste brasileiro e não pode ser ignorado. Os jongueiros necessitam de uma política pública que vá ao seu encontro, e homenagens como essas lhes dão oportunidade de voz e espaço", declarou o petista, autor de um projeto de lei que institui o dia 26 de julho como o Dia Estadual do Jongo. "Esse seria um dia para encontros, celebrações e debates sobre ações que promovam o seu reconhecimento no Estado do Rio", completou.
Aos 90 anos, Tia Maria conta que já participava das rodas de jongo desde criança. "Dançávamos escondidos de nossos pais, após as missas e festas dos santos. Sinto-me honrada em receber a homenagem e a dedico a todos os mestres e futuros jongueiros da minha comunidade", celebrou.
Segundo Délcio Bernardo, representante das comunidades jongueiras da Costa Verde, o jongo é também um aliado contra o preconceito. "Através das rodas e festas abrimos um canal de diálogo com a sociedade para combater o racismo e preconceitos ligados à religião. O jongo não é um culto, apenas uma celebração à vida e aos nossos antepassados", afirmou, para quem a criação do Dia Estadual do Jongo seria mais uma vitória, já que em 2005 a manifestação foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural do Brasil.
O que é o jongo
Também conhecido como caxambu e tambu, o jongo é uma forma de expressão que integra percussão de tambores, canto e dança. Característico da região Sudeste do País, era praticado pelos trabalhadores escravizados de origem banto, nas lavouras de café e cana-de-açúcar. Como forma de resistência à dominação colonial, eles e seus descendentes mantiveram e transmitiram às novas gerações os saberes, práticas e valores contidos na manifestação.

FONTE: JUSBRASIL acesso em 27.07

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